Com informações da Fepospetro –
A Federação dos Frentistas de São Paulo (Fepospetro) vem a público manifestar repúdio ao caso de assédio sexual sofrido por trabalhadoras frentistas do “Auto Posto Mazochi”, em Osasco, na Grande São Paulo. Trazidas a público pela emissora SBT, na edição do dia 07/01 do programa “Primeiro Impacto”, as imagens do fato, gravadas pelas próprias vítimas, mostram o homem, que tem 37 anos, tentando se passar por cliente para então, na presença da frentista, praticar atos obscenos e de abuso sexual.
De acordo com as duas trabalhadoras do posto, essa foi a quarta vez, num curto período de tempo, que o sujeito praticou o mesmo tipo de crime no local. “Esse tipo de assédio contra as mulheres da categoria, infelizmente, não é episódio isolado, pelo contrário”, reconhece Telma Cardia, secretária da Mulher da Fepospetro e presidenta do Sindicato dos Frentistas de Guarulhos.
O presidente da FEPOSPETRO e do Sinpospetro de Osasco, Luiz Arraes, lembra que as mulheres representam cerca de 30% do contingente de quase 500 mil trabalhadores da categoria em todo o país, e destaca que esse tipo de conduta é inaceitável em quaisquer espaços de sociedade, seja nas relações de trabalho, nas ruas, ou em qualquer outro ambiente.
O caso, divulgado amplamente pelos canais de comunicação da Fepospetro, também mobilizou indignação do presidente da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro) e do Sindicato dos Frentistas do Rio de Janeiro, Eusébio Luís Pinto Neto. Em uma das postagens sobre o fato, ele manifestou: “As mulheres da nossa categoria são muito expostas, às vezes pela própria empresa, que em alguns casos ”obriga” as mulheres frentistas a usar roupas que mostram em demasia os seus corpos. Claro que nada justifica o crime, mas deve servir de alerta ao patrão que, visando o lucro, age dessa forma. Vamos denunciar esses criminosos”, alertou.
A Fepospetro, que repudia todo e qualquer tipo de assédio, seja ele sexual, moral, psicológico, virtual ou agressão física, estuda produzir uma cartilha contendo informações sobre “Assédio Moral e Sexual no Ambiente de Trabalho”, de forma a oferecer aos trabalhadores e às trabalhadoras informações e orientações sobre o assunto, ajudando-os na prevenção e no combate a este tipo de crime.
Veja aqui a matéria e o vídeo da denúncia:
(imagem: reprodução SBT)