“O ministro deveria pensar em taxar as grandes fortunas, os bancos, as multinacionais que exploram nosso povo. Mas está defendendo os empresários, não o povo pobre trabalhador. Retirar direitos conquistados é absurdo”, afirmou o presidente da Fenepospetro, Eusébio Neto.
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, mais uma vez ataca os trabalhadores. Em declaração, afirmou que poderá cortar direitos trabalhistas com a justificativa de recuperar a economia e os empregos em uma retomada após a pandemia do Covid19.
A medida faz parte de um plano de desoneração da folha, que inclui cortar encargos trabalhistas, a criação de imposto para transação financeira – nos moldes da antiga CPMF-, e um novo modelo de contratação com menos direitos e com menos participação dos sindicatos.
O plano do Ministério da Economia é recriar a “Carteira Verde e Amarela”, modelo de contratação que prevê menos direitos e encargos trabalhistas e que em outra tentativa, perdeu o prazo de tramitação e aprovação no Congresso, conforme pode ser lido aqui.
Guedes afirmou que quer emplacar a redução de direitos dos trabalhadores para reduzir os recursos pagos pelas empresas à mão de obra.
“No Brasil do desemprego em massa, temos que ter coragem de lançar esse sistema alternativo. Com menos interferência sindical, com menos legislação trabalhista”, declarou o ministro.
Para o presidente da Fenepospetro, Eusébio Neto, a afirmativa de Guedes é um ataque cruel aos trabalhadores:
“O ministro deveria pensar em taxar as grandes fortunas, os bancos, as multinacionais que exploram nosso povo. Mas está defendendo os empresários, não o povo pobre trabalhador. Retirar direitos conquistados é absurdo”, afirmou.
Segundo Eusébio, a fala de Guedes quanto à participação dos sindicatos é mais uma prova de que o ministro está contra os trabalhadores, “ É o sindicato que luta pelos direitos dos trabalhadores, essa manobra de afastar os representantes dos trabalhadores é um ataque da agenda do capitalismo. Precisamos nos organizar, nos unir, nos sindicalizar para que juntos, possamos enfrentar tudo que pode acontecer. Ou o trabalhador se une, ou perderemos tudo. Não aceitaremos nenhuma retirada de direitos”, disse o Dirigente Sindical.