Primeiro acabaram com o imposto sindical, fragilizando a estrutura dos sindicatos, depois a reforma trabalhista, a terceirização e outras medidas que tem como lógica fragmentar o movimento dos trabalhadores. É preciso estruturar as bandeiras para as ações, fortalecer o trabalho de base, ouvir o trabalhador e colocar no centro dos debates dentro do parlamento, a luta por direitos”, afirmou o Deputado Federal Orlando Silva.
Na manhã desta quinta-feira (25), a Fenepospetro deu início a Plenária Nacional com os sindicatos filiados de diversas regiões do Brasil, para tratar assuntos acerca da realidade e necessidades dos trabalhadores de postos de combustíveis e conveniência.
Quem abriu o debate foi o presidente da Fenepospetro, Eusébio Neto, que falou sobre a necessidade de mobilização e organização dos trabalhadores para avançar na luta por direitos:
“Historicamente o movimento sindical conquistou muitas transformações sociais e direitos para os trabalhadores. Nossa luta é para construir um ambiente de trabalho saudável para que a sociedade possa viver em paz e os trabalhadores tenham emprego digno. Para isso, precisamos da união de todos”, afirmou Eusébio.
Em seguida, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres reforçou a necessidade de fortalecer a luta sindical diante aos ataques aos direitos trabalhistas.
“Precisamos fortalecer a luta sindical e consolidar uma união nacional para tirar o Brasil da crise. Temos uma previsão de 30 milhões de desempregados no país nos meses de outubro e novembro, isso requer do movimento sindical encontrar caminhos para, como foi feito há anos atrás, superar essa fase difícil. Um desses caminhos é pressionar os parlamentares em relação às novas medidas provisórias, que retiram direitos dos trabalhadores”, ressaltou Torres.
Para o Deputado Federal Orlando Silva (PCdoB/SP), relator da MP 936, que também participou da plenária, é fundamental analisar a atual conjuntura de ataques do governo contra os trabalhadores.
“Precisamos observar qual e fotografia do atual governo em relação aos trabalhadores. Existe uma ofensiva do capital contra os trabalhadores e contra o movimento sindical. Essa ofensiva é pautada pela desconsideração a atuação do movimento sindical, o que não vimos nem no regime militar de forma tão intensa. Primeiro acabaram com o imposto sindical, fragilizando a estrutura dos sindicatos, depois a reforma trabalhista, a terceirização e outras medidas que tem como lógica fragmentar o movimento dos trabalhadores. É preciso estruturar as bandeiras para as ações, fortalecer o trabalho de base, ouvir o trabalhador e colocar no centro dos debates dentro do parlamento, a luta por direitos”, afirmou o Orlando.
O parlamentar anunciou ainda, sobre o Projeto de Lei 3502/2020 que encaminhou junto à Câmara, que prevê a instituição do Dia Nacional do Frentista, como reconhecimento dos trabalhadores, pelos serviços prestados à população,
Na parte da tarde, a Plenária continua com debates sobre as mudanças na legislação e principais decisões no âmbito trabalhista, impactos da Reforma da Previdência na vida do trabalhador, entre outros temas.