Os frentistas e demais trabalhadores dos postos de abastecimento do Estado de Goiás prometem entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir dessa quarta-feira (9/12). O Sindicato dos Frentistas de Goiás (Sinpospetro-GO) informa que o movimento é para cobrar dos patrões o aumento salarial para a categoria, que está atrasado desde março.
O Sindicato também exige a recuperação de direitos que foram retirados dos trabalhadores, durante a pandemia, em alguns postos da capital Goiânia e em outras cidades do estado.
“Não teve acordo. Os patrões não querem dar aumento esse ano, nem mesmo a reposição da inflação. Pior que isso, como a reforma trabalhista acabou com a ultratividade das convenções coletivas, alguns postos se aproveitaram para tirar benefícios que haviam sido negociados com o Sindicato, com a cesta-básica e o benefício odontológico”, explica o presidente do Sinpospetro-GO, Hélio Araújo.
Segundo o Sindicato, a greve vai começar por esses postos que retiraram direitos. Porém, a depender da resposta dos patrões, o movimento poderá alcançar os 1.700 postos de abastecimento na região metropolitana de Goiânia, ou mesmo se alastrar para todo o estado, atingindo mais de três mil unidades.
Apoio de outras categorias – “Os maiores sindicatos de Goiás estão fechados conosco e vão nos apoiar nas manifestações, como os comerciários, os bancários, os vigilantes, os trabalhadores na saúde e nas telecomunicações. Acreditamos que a população também vai se senbilizar”, diz Hélio Araújo. Segundo ele, o povo goiano sabe que os frentistas estão na linha de frente, foram contaminados, mas não pararam de trabalhar de sol a sol durante a pandemia.
O dirigente sindical reclama ainda que, ao contrário dos trabalhadores, os donos de postos receberam todo o amparo dos governos durante a pandemia para manterem seus negócios. Mas que agora, quando a situação começa a melhorar, não aceitam abrir mão de parte dos seus lucros para garantir um reajuste digno aos funcionários.