Não houve registro de bloqueios de caminhoneiros parcial ou total em rodovias federais ou em outros pontos do país nessa segunda-feira, informou o Ministério da Infraestrutura. Porém, houve tentativas de bloqueios em São Paulo e no Espírito Santo, mas elas não se concretizaram. Até o fim da tarde, o número de pontos de concentração dos manifestantes se resumia a apenas um no país: no km 276 da BR 116, no município de Barra Mansa, no Rio de Janeiro. Outros, como às margens da BR 153, próximo a Goiânia, em Goiás, foram dispersados antes.
Caminhões foram apedrejados na BR 392
Em Rio Grande, em trecho da BR 392, dois caminhões foram apedrejados perto da praia do Cassino. Ninguém se feriu e não houve prisões. A Federação dos Caminhoneiros Autônomos do RS (Fecam/RS) declarou que segue a mesma posição da maioria dos sindicatos filiados. “A entidade não recomenda a participação nesse movimento por ter da categoria o não reconhecimento da pauta nem das lideranças que conduzem”, informou por nota.
Mais cedo ocorreu concentração na BR 101, na região de Rio Bonito (RJ), mas ele também foi dispersado. O mesmo aconteceu na madrugada, no km 92 da Rodovia Presidente Dutra, na altura de Pindamonhangaba (SP). O líder da greve dos caminhoneiros em 2008, Wallace Landim, o Chorão, salientou que a categoria procura derrubar no Supremo Tribunal Federal as liminares conquistadas pelo governo.
Em relação aos portos, a situação foi diferente. “Há bloqueios nos Portos de Santos, de Recife, do Espírito Santo e da Bahia”, relatou o presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes. Já Armando Romero da Costa, representante dos caminhoneiros do Porto de Santos, afirmou que havia bloqueio em Santos. “A gente está na luta, apesar dessas liminares. No dia 7 de setembro não teve liminar, mas agora que estamos pedindo o que é nosso não nos dão. Aqui no Porto de Santos está tudo parado e há outras categorias nos apoiando. No primeiro dia de greve a adesão é baixa, mas depois aumenta”, avaliou.
A PRF escoltou cerca de 25 caminhões que chegavam ao Porto de Santos, durante a madrugada. O motivo foi que manifestantes estavam tentando atirar pedras nos veículos. Na página do Facebook do CNTRC estavam disponibilizados vídeos de relatos de tensão entre grevistas e policiais no Porto de Santos e também na cidade de Itapeva, em Minas Gerais.
A organização para as manifestações partiu do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) e do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam). A FENEPOSPETRO apoia o movimento grevista em todo o país.
(Imagem: Agência Brasil)