Cresceu a adesão dos caminhoneiros autônomos à greve, que teve início no dia 1º de novembro, depois da derrubada de 11 das 29 liminares que o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) conseguiu na Justiça para impedir a paralisação da categoria. A greve é contra os abusivos aumentos de preços do óleo diesel, pelo fim da política de Preços de Paridade de Importação (PPI) da Petrobras e por direitos, como aumento do valor do frete e aposentadoria.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como “Chorão”, disse que foram derrubadas liminares que impedem bloqueios nas estradas nos estados de Minas Gerais, Goiás, pará, Tocantins, Amazonas, Bahia, Maranhão, Piauí e Roraima.
As entidades que representam os trabalhadores, Abrava, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), e o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNRTC) estão tentando derrubar as outras liminares.
De acordo com a CNTTL, caminhoneiros autônomos estão mandando vários vídeos de diversos pontos do país mostrando que os trabalhadores aderiram à greve, apesar de não ter bloqueio das estradas. As liminares que o governo conseguiu na Justiça impõem multas que podem chegar a R$ 1 milhão por pessoa jurídica que apoiar a paralisação das estradas e de R$ 10 mil para os trabalhadores.
Balanço da CNTTL divulgado às 20h46 desta terça-feira (2) relatou paralisações e protestos na Bahia (Porto de Salvador), Santos (Porto de Santos), São José dos Pinhais (Paraná), Barra Mansa (Rio de Janeiro),Volta Redonda (RJ) e Ijuí (Rio Grande do Sul).
Os caminhoneiros da cidade de Santo Augusto (RS) também aderiram ao movimento e iniciam protesto no trevo da cidade nesta quarta-feira (3).
Nas redes sociais da CNTTL e do CNRTC já foram postados diversos vídeos com bloqueios pacíficos na madrugada desta quarta-feira (3).
A orientação das entidades é a de que onde as liminares ainda não foram derrubadas, os caminhoneiros não circulem.
Tanto Chorão, quanto as outras lideranças sindicais da categoria convocam a população, os motoboys, os taxistas e motoristas de aplicativos a apoiar a greve. “Essa luta não é só nossa não, é de toda a população para reduzir os preços dos combustíveis”, disse Chorão no vídeo.
(Imagem: Agência Brasil)