Tendo em vista as carências da classe trabalhadora em meio a uma conjuntura marcada pela carestia, aumento da fome e da pobreza, aumento da inflação, redução da renda e alta taxa de desemprego, as Centrais Sindicais apontam que a luta contra a carestia e a defesa da democracia deverão nortear as ações do movimento sindical ao longo deste ano.
Está claro que o atual governo não tem capacidade ou interesse em debelar as causas da crise econômica e social. O governo até agora, depois de mais de três anos no poder, não apresentou nenhuma política consistente de desenvolvimento e geração de empregos. Ao contrário, implementa uma gestão voltada ao receituário de privatizações, cortes orçamentários e aumento da taxa de juros.
Como não bastasse, o governo ainda cria problemas de outra ordem, ameaçando, frequentemente, a estabilidade da democracia e o retorno do golpismo e da ditadura.
Conclamamos aos trabalhadores reforçar a mobilização contra a fome, a miséria e em defesa da democracia:
• Reforçando a unidade das Centrais Sindicais como forma de intensificar a luta;
• Ampliando a resistência sobre as investidas aos direitos trabalhistas no Legislativo e Judiciário;
• Apoiando e processo eleitoral que acontecerá em outubro;
• Fortalecendo as campanhas salariais das diversas categorias como forma de luta unitária contra a carestia;
• Convocando atos nacionais, regionais e locais contra a carestia, a miséria, o desemprego e a defesa da democracia.
Esperamos com tais ações suscitar o debate entre a população acerca da necessidade de mudança da atual rota política e econômica que só beneficia os mais ricos e de apoiar um projeto de desenvolvimento econômico baseado na industrialização, geração de empregos de qualidade, valorização do salário mínimo e da renda do trabalhador, justiça social e soberania.
Está mais do que na hora de dar um basta! Por isso, convocamos todas as instituições democráticas a se unirem pela melhoria das condições da população, na defesa da democracia e contra o golpismo.
São Paulo, 17 de maio de 2022
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores); Miguel Torres, Presidente da Força Sindical; Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores); Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil); Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros); Oswaldo Augusto de Barros, Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores; Atnágoras Lopes, Secretário executivo nacional da Central Sindical CSP-Conlutas; Nilza Pereira, Secretário Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora; José Gozze, Presidente da Pública.