Dia 15, terça última, a taxa básica de juros Selic subiu pra 13,25%. Dois dias depois, o governo autorizou dois novos aumentos, desta vez nos combustíveis: mais 5,2% pra gasolina e mais 14,2% no diesel.
“Esses três aumentos, em apenas três dias, elevam o custo de vida, elevam a inflação e pioram a carestia”, alerta o presidente Eusébio Luís Pinto Neto, da Fenepospetro.
A alta dos juros afeta o conjunto da economia, menos a especulação financeira. “Juro alto favorece quem especula, massa ferra quem trabalha”, afirma Eusébio. Selic em alta esfria o setor produtivo, trava investimentos e, no final das contas, inibe gerar empregos. Quem mais sofre é o povo trabalhador, principalmente a população mais pobre.
A alta na gasolina e no diesel provoca uma sequência de outras altas, seja em produtos, seja em serviços. O diesel impacta o custo do transporte de mercadorias e eleva principalmente o preço dos alimentos. Quem sofrerá mais será o povo pobre.
Ucrânia – Nem vem que não tem: a alta na inflação brasileira é responsabilidade do governo brasileiro. Afinal, foi Bolsonaro quem nomeou o ministro de Minas e Energia, o presidente da Petrobras e o Conselho da empresa. Responsabilidade é dele e do ministro Paulo Guedes.
Reagir – O brasileiro, sempre com disciplina e coragem, deve protestar, erguer a voz e atuar nas redes sociais. Mas não basta. É preciso fazer protestos públicos que reúnam povo, massa.
Não seria a hora de um Dia Nacional de Protesto contra a Carestia, unindo trabalhadores e demais setores sociais?
O presidente Eusébio Neto alerta: “A carestia esvazia o prato do pobre. O IBGE informa que 33,3 milhões de brasileiros passam fome. Se o custo de vida não baixar, a fome vai virar um flagelo nacional”.
Frentistas – Nossa categoria precisa estar atenta, pois a alta dos combustíveis tende e reduzir a frota de carros e caminhões em atividade. “Se menos gente abastecer, corremos o risco de cortes nos postos. Peço atenção a todos e que busquem apoio em seus Sindicatos”, conclui o presidente da Federação Nacional.
MAIS – Acesse os sites da Fenepospetro, Fepospetro-SP e do Dieese.