A Fundação Procon-SP realiza todo mês pesquisa da cesta básica de alimentos e outros itens. O levantamento é feito em parceria com o Dieese, que faz o levantamento. Em maio, a cesta subiu 1,36% e passou pra R$ 1.226,12, ante R$ 1.209,71 em abril. O salário mínimo atual está fixado em R$ 1.212,00.
De dezembro a maio, a cesta teve alta de 12,69%. Nos últimos 12 meses, aumento de 18,07%. No período, os três produtos que mais inflacionaram foram café em pó, 95,60%; batata, 70,04%; e biscoito água e sal, 48,84%.
Diferente da cesta pesquisada em 17 Capitais pelo Dieese, com 13 itens, a do Procon-SP tem 39, incluindo produtos de higiene pessoal e limpeza. Na alimentação, pra comprar o básico a uma família de quatro pessoas, foi preciso desembolsar R$ 1.069,58, em maio.
Segundo o diretor-técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, a cesta aumenta conforme se acelera a inflação, turbinada pelo preço dos alimentos, combustíveis e energia elétrica. “No caso dos alimentos, dois fatores elevam o preço. A seca, que afeta produtos como feijão e hortaliças, e o câmbio, que puxa itens referenciados pelo dólar, como soja, trigo, arroz e carne”, ele explica.
Juros – Na última semana, o Banco Central aumentou a taxa Selic pra 13,25%. A Petrobras subiu 5,18% a gasolina e 14,26% o diesel. Esses aumentos impactarão os preços dos alimentos, além de produtos de limpeza e higiene pessoal. Serviços também. De acordo com o economista Rodolfo Viana, do Dieese, esses aumentos costumam demorar um pouco mais pra ser sentido nas prateleiras dos mercados. “Mas, como têm sido frequentes, a cesta básica, nos próximos meses, será atingida”, afirma.
Eusébio – Para o presidente da Fenepospetro, Eusébio Pinto Neto, o trabalhador sofre cada vez mais para comprar o básico para sua família. Ele diz: “A cada semana sobem os preços dos produtos nos supermercados. Os trabalhadores passam a cortar alguns itens da lista e, mesmo assim, é um sufoco pra pagar a conta”.
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