A história precisa ser contada e recontada. Precisa ser documentada e mostrada às gerações.
Com esse objetivo, o presidente da Fenepospetro, Eusébio Luis Pinto Neto, concedeu entrevista à repórter Ariane Soares, da Agência Sindical. A gravação foi realizada no estúdio do Sinthoresp, Sindicato dos Hoteleiros de São Paulo.
Concebida no formato pergunta-resposta, a entrevista conta de trás pra frente a história dos 23 anos de lutas das entidades e da categoria contra o self service nos postos e em defesa dos empregos. Ou seja, fala das recentes vitórias da categoria no Congresso Nacional até chegar às primeiras mobilizações ainda no final dos anos 90.
Personagens – Na sua fala, Eusébio cita personagens importantes dessas batalhas, sejam dirigentes da categoria (como Chico, Porcino, Telma, Arraes e outros) e ainda aliados decisivos, como os então deputados Jamil Murad e Aldo Rebelo e também sindicalistas, entre os quais Luiz Tenório de Lima, o Tenorinho.
Lei – Aquela ampla mobilização, de baixo pra cima, nos locais de trabalho, Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e Congresso Nacional chegou ao então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e ele não teve como vetar a Lei proposta por Aldo Rebelo.
Assim, no dia 12 de janeiro do ano 2000, o Diário Oficial da União publicava a Lei 9.956/2000, que PROÍBE o self service nos postos de combustíveis em todo o território nacional, preservando os empregos.
Eusébio comenta o poder de uma lei justa. “Essa Lei prevalece plenamente até hoje. É ela que nos ampara nas demandas judiciais. É com ela que argumentamos junto a deputados e senadores pra barrar Emendas, PECs e Projetos de Lei lesivos à categoria”, ressalta. E arremata: “Essa lei vai continuar. Mas é importante que todos conheçam sua história e seu conteúdo”.
Memória – Eusébio afirma: “O frentista de hoje talvez nem saiba como foi essa história. Eu digo que, sem nossa luta, talvez a categoria nem existisse mais, porque o autosserviço teria sido implantado pelos patrões, devastando os empregos”.
Por isso, na entrevista, o presidente da Federação Nacional faz questão de destacar o papel dos Sindicatos. “O Sindicato é decisivo. Não fosse a luta das lideranças sindicais, as bombas de self service já teriam dominado o mercado”, diz Eusébio Luis Pinto Neto. Para o dirigente, “Sindicato é porto seguro. No Sindicato, o trabalhador é atendido por um igual a ele, que também veio da base”.
Renovação – O conhecimento da história reforça a identidade da categoria e, junto a novos trabalhadores, mostra o quanto é importante lutar pelo que é justo. Eusébio conclui: “Nossa geração vai passar e virão pessoas mais jovens pra comandar as entidades. É preciso que os novos tenham conhecimento e consciência, porque é disso que nasce o compromisso”.
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