O ex-metalúrgico Luiz Marinho foi anunciado titular do Ministério do Trabalho, no próximo governo. A Pasta do Trabalho foi extinta n oprimeiro dia de governo Bolsonaro, em janeiro de 2019.
A extinção foi um erro desastroso, pois tirou o único órgão de mediação efetiva entre capital e trabalho. Também desarmou a fiscalização nos locais de trabalho, o que precarizou ainda mais as condições de trabalho e agravou a incidência de doenças e acidentes entre os trabalhadores.
Na Conclat de abril deste ano, as Centrais Sindicais cobraram a recriação do Ministério. “Mas um Ministério do Trabalho forte, com recursos, Servidores e meios para atuar em todo o País”, reforça nosso presidente Eusébio Luis Pinto Neto.
Os Sindicatos também criticam o fechamento das DRTs, onde ocorriam mesas-redondas que muitas vezes geraram acordos coletivos e evitavam greves. Sem as mesas, o trabalhador ficou à mercê do empregador ou teve que recorrer à Justiça.
Ocorre que, com a reforma trabalhista de Michel Temer, em 2017, ficou complicado ingressar com ações judiciais, porque, pela primeira vez na história, “o trabalhador, ao correr o risco de perder a ação, teria ainda que arcar com os custos do processo”, observa o presidente Eusébio.
Marinho não terá o poder de mudar tudo da noite para o dia. Mas é um nome credenciado para bem ocupar a Pasta do Trabalho, estimular o diálogo social e retomar mesas-redondas, fiscalizações e outras atribuições históricas do Ministério criado pela Revolução de 30.