No final do ano passado, Eusébio Luis Pinto Neto, presidente da Federação Nacional, concedeu longa entrevista ao jornalista João Franzin, da Agência Sindical.
Em sua fala, ele conta os primórdios da organização da nossa categoria, a formação do primeiro Sindicato, em 1990, e o empenho para organizar os frentistas em todo o território nacional.
A entrevista é um esforço de reavivar a memória sindical dos frentistas, que, durante décadas, foram ligados ao setor de Derivados de Minérios.
“A formação de Sindicatos próprios abriu caminho para novas e melhores conquistas”, afirma Eusébio. Piso salarial, adicionais por função, adicional de Periculosidade, vale-refeição, vale-transporte a custo zero pro empregado são alguns dos avanços que ele relaciona.
O presidente da Federação Nacional também cita avanços no quesito saúde. “Temos a NR-20, que estabelece curso obrigatório pra quem vai trabalhar em posto de combustível. Aliás, em postos pequenos, onde o dono também trabalha, ele tem que fazer o curso”.
Emprego – A principal batalha da Federação Estadual de SP e da Nacional, bem como dos 62 Sindicatos, é a defesa do emprego, assegurada pela Lei 9.956/2000. Eusébio diz: “Essa lei é de importância vital, porque garante o emprego da categoria, ao impedir a instalação das bombas do self-service”. E completa: “Foi uma luta tremenda conquistar essa lei e tem sido uma batalha árdua mantê-la na íntegra, com validade em todo o território nacional”.
Jovem – O presidente da Federação, que ingressou na categoria em 1978, se dirige aos jovens. Ele diz: “O sistema capitalista estimula o individualismo. Mas os avanços só ocorrem por meio da luta coletiva. Por isso, os Sindicatos têm tanta importância”.
Aliás, frisa Eusébio Luis Pinto Neto, “a luta sindical está presente em cada direito, cada conquista e cada garantia, às vezes por meio de negociações; outras vezes tendo-se que recorrer a protestos e greves”.
Uma das metas da Fenepospetro é a organização nacional dos frentistas. “Temos hoje 62 Sindicatos. Desses, 55 estão totalmente legalizados. Outros se encontram em fase final de legalização. Mas o Brasil é grande e em todo lugar tem posto. Precisamos ter mais Sindicatos, pra que cada trabalhador e trabalhadora tenham representação e apoio”, ele destaca.
Experiência – Nos últimos dois anos, os dirigentes fizeram um trabalho enorme junto ao Congresso Nacional, a fim de travar o andamento de projetos e emendas que atingiriam gravemente a categoria, com demissões em massa e precarização do trabalho.
Eusébio comenta: “A experiência dos nossos dirigentes foi fundamental pra barrar esses projetos. Conversamos com todos os partidos e fomos tratados com respeito. Só não falamos com Bolsonaro porque ele acha que Sindicato só atrapalha. Mas, mesmo assim, se ele quisesse nos atender, teríamos ido dialogar”.
Agradecimento – Presidente Eusébio agradece os dirigentes e a categoria, porque é da relação entre direção e base que nascem as demandas, as lutas e as vitórias.