O sindicalismo luta por espaço junto aos grandes fóruns econômicos mundiais. Foi o que ocorreu, de 18 a 20 de março, na Índia, na cidade Amristar, no evento Labour20. A Força Sindical participou do encontro internacional, 20 dias após o G20, que teve a presença de governantes, demais autoridades, dirigentes sindicais e acadêmicos de vários países que compõem o G20.
Representou a Força o presidente da Fenepospetro, companheiro Eusébio Pinto Neto. Ele é um dos vices-presidentes nacionais da Central. O assessor de relações internacionais da Força, Ortélio Palácio, também participou.
Importância – Para Eusébio, é importante o sindicalismo participar de eventos onde os grandes temas são debatidos. “Fomos os únicos representantes das Américas. Todos os Continentes participaram, incluindo países de peso mundial, como Alemanha, Japão, China, entre vários outros”, conta.
Conhecimento – “Esses momentos permitem a troca de conhecimento. A Índia, pelo fator religioso e devido à cultura de castas, tem muitas desigualdades e as mulheres reclamam desse fato. O país pratica dois salários mínimos”.
Mulher – “Participou do evento a representante dos empregados domésticos. Ela fez uma fala muito corajosa, criticou os salários baixos e disse que, em certas localidades, a empregada doméstica sequer recebe salário”.
Salários – “Embora seja uma economia em crescimento, a Índia, que tem 1 bilhão e 500 mil habitantes, paga salários muito baixos na base da pirâmide social. Melhorar esses ganhos é um dos desafios do sindicalismo local, segundo disse a Central BMS.”
Mesa – “Enquanto representante da Força Sindical, ocupei a mesa de abertura e encerramento do Seminário, além de participar em grupos temáticos. O Brasil é muito querido por eles e quando falei o nome de Lula fui longamente aplaudido”.
Frente – “A organização sindical deles é totalmente diferente da brasileira. Lá, tem muitos postos de combustíveis, mas os frentistas integram a entidade ligada ao ramo químico, que é muito forte. Lamentavelmente, não tive tempo de ir a um posto, embora tenha trocado ideias com o líder nacional da categoria”.
Reuniões – “Também participei de reuniões bilaterais com as delegações indianas do setor de transporte, que representa nossa categoria. Também me reuni com sindicalistas do Nepal. Tratamos de condições de trabalho e temas regionais”.
Problemas – “Sindicalistas locais, do Nepal e de países africanos criticaram muito os baixos salários e a precarização das condições de trabalho. Lá, o padrão capitalista se repete e empresas poluidoras de países centrais acabam se deslocando para nações do Terceiro Mundo, aonde levam problemas trabalhistas, ambientais e outros”.
G20 – O encontro dos países mais importantes do mundo debate economia, mas também temas impactantes, como aquecimento global, preservação de florestas, saneamento e a importância da convivência pacífica entre as Nações.
Honra – Para o presidente da nossa Federação Nacional, “é uma honra ser escolhido pra defender e explicar os interesses da classe trabalhadora brasileira. Ele diz: “Como frentista, recebi a missão com alegria. Me senti valorizado. Como valorizada foi a nossa categoria profissional”.
Organização – Eusebio Luís Pinto Neto destaca a organização do Labour20. Ele também elogia o modo cortês com que as delegações foram tratadas. “Mesmo as instâncias governamentais tratam a todos com muito respeito”, observa.
Integração – “Vi da parte dos organizadores muito interesse em promover intercâmbio entre os povos. A diversidade cultural é respeitada e o entendimento do comando do L20 é que a paz e a cultura são valores que precisam ser prestigiados cada vez mais”.
No Brasil – “No ano que vem, o Brasil vai recepcionar a reunião do G20, assim como sediar o L20, que será presidido por um sindicalista brasileiro”.
MAIS – Site da Força Sindical.