A Fenepospetro (Federação Nacional dos Frentistas) lançou campanha de conscientização sobre os riscos à saúde de combustível adulterado. O objetivo é orientar entidades filiadas a alertarem trabalhadores da categoria por todo o País.
Segundo Eusébio Pinto Neto, presidente da Federação e do Sindicato dos Frentistas do Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ), a iniciativa visa denunciar a mistura ilegal de metanol na gasolina e no álcool. “Vamos lançar a campanha nas redes sociais e precisamos do engajamento das entidades associadas”, explica o dirigente.
Proibido – “O metanol é altamente tóxico e inflamável. Um simples contato com o metanol contido no etanol hidratado com a pele pode provocar intoxicação”, afirma Eusébio.
Nesta semana, a Fenepospetro voltou a cobrar da ANP (Agência Nacional do Petróleo) ações de fiscalização mais fortes. A adulteração de combustíveis, segundo ele, é mais intensa no eixo Rio-São Paulo.
O Rio de Janeiro é estado recordista em adulteração de combustíveis, conforme dados da ANP. O uso de metanol é uma prática recorrente e tem sido denunciado pelo Sinpospetro-RJ desde 2016.
O envenenamento por metanol pode causar dor de cabeça, náusea, vômito, cegueira, coma e até a morte. O risco está relacionado à quantidade inalada ou ingerida.
Denúncias – A Fenepospetro não tem registro de problemas de saúde dos frentistas envolvendo produto adulterado. Mas as entidades estão à disposição para receber denúncias a fim de combater o risco.
Para Eusébio, a solução “definitiva” cabe ao governo federal e deve envolver vários órgãos. “O foco precisa estar no mercado de distribuição de combustível. Quem manipula os produtos, prejudica nossos trabalhadores, os postos sérios e os consumidores,” argumenta.
MAIS – Site do Sinpospetro-RJ