No meio sindical, seu nome dispensa apresentações. Foi nesse ambiente que ele navegou e se destaca como assessor jurídico. Hoje, dia 13, Hélio Stefani Gherardi completa 50 anos de advocacia para os trabalhadores.
Ao longo dos anos, e de contínua atuação jurídica, ele angariou respeito e admiração, ajudando também na consolidação do Diap, do qual ainda é consultor. O advogado também atende a várias entidades de empregados, como a FENEPOSPETRO.
À Agência Sindical, o advogado comentou os 50 anos de militância profissional, falou do sindicalismo e expôs sua visão acerca das lutas e compromissos das entidades.
Aposentar? “Não, de jeito nenhum. Há cinco anos, abri um caminho novo, um escritório para as demandas dos Servidores públicos,” diz. Este é hoje o foco principal de sua atividade advocatícia. Mas sem abandonar outras tarefas, ele ressalva.
Confira os trechos principais:
Consultoria – O advogado propugna nas entidades a regra que ele mesmo adota. “Não dá para o dirigente ter uma ideia e avançar sem consultar o advogado e o jornalista do Sindicato. Vale dizer ser individualista,” argumenta.
Segundo Hélio Gherardi, a orientação é conversar sempre. Porque, diz, “nada, em qualquer lugar, dá pra fazer com uma cabeça só”. Ele argumenta que o diálogo constante, com outros advogados e dirigentes, é essencial. “São os líderes que sabem o que ocorre nos locais de trabalho. Se esses dirigentes não dialogassem comigo, eu não tinha chegado até aqui, na condição que cheguei.”
Luta – Em 2023, avalia o consultor sindical, o ambiente favorece a entidade que trabalha pra atender, efetivamente, sua base, sócia ou não. Hélio explica: “Após a reforma sindical, em 2017, quem buscou suas bases se manteve. Mas quem não fez se complicou”.
Apoio – Com atuação presencial ou na consultoria a Sindicatos, dr. Hélio também faz questão de destacar o papel do Diap, Dieese e Diesat, na orientação e apoio às entidades e categoria profissionais.
Para o experiente advogado trabalhista e qualificado consultor, trata-se de erro “gravíssimo” o movimento parar de financiar essas três instituições. Argumenta: “A relação sindical com especialistas desses campos deve ser contínua. Esse tipo de investimento o dirigente não pode cortar”.
Formação – Dr. Hélio Stefani Gherardi lamenta que a maioria dos Sindicatos deixe em segundo plano a formação de quadros, sejam novos, sejam os atuais. “O que ocorre é que, individualmente, algum diretor procura estudar Direito, por exemplo. Mas não basta”, comenta.
O advogado alerta que isso precisa mudar, pensando no futuro da entidade e do próprio movimento. Ele observa: “Ninguém é eterno, na diretoria ou na vida. Teríamos que investir em formação continuada, e já.”
Direitos – Ligado às leis e lutas trabalhistas por cinco décadas, nosso entrevistado aponta o governo Bolsonaro como o mais nefasto. Ele é assertivo: “Na visão jurídica, foi pior que a própria ditadura. E só não torturou e matou porque não teve condições pra isso.”
Supremo – O advogado pretende analisar recente decisão do STF que considerou constitucional a Contribuição Assistencial – criminalizada por setores da grande mídia, do capital e extremistas de direita. Assim que o acórdão do Supremo for publicado, o dr. Hélio trabalhará na elaboração de parecer acerca da matéria.
Músico – As redes sociais vieram revelar o violonista e intérprete de muito bom gosto, especialmente quanto à MPB. Seus vídeos são sempre um sopro de ar fresco na dura rotina dos que militam na seara sindical.
Tem outro lado do Hélio Gherardi: a religiosidade. Mas isso fica pra uma próxima conversa. Axé, camarada Hélio!
PS: O advogado se declara exímio jogador de futebol de botão. Será verdade?!
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