A Câmara Municipal de Curitiba (CMC), por solicitação do Sindicato dos Frentistas de Curitiba e Região Metropolitana (Sinpospetro), promoveu uma audiência pública com o tema “Casos de racismo, xenofobia, assédio moral e agressões físicas contra os frentistas nos locais de trabalho”, na quarta-feira (29/11).
Diversos lideranças sindicais dos frentistas de várias partes do país compareceram ao evento.
CASOS
A frentista Guadalupe Monithle Bahls foi agredida com palavrões e um tapa no rosto no dia 29 de outubro, no Posto Tio Ari, no bairro do Guaraituba, em Colombo. As imagens do local captaram a agressão
Juan Pablo, um jovem de 18 anos e primeiro emprego, foi a outra vítima de agressão ocorrida, na madrugada do dia 14 de outubro, num posto de gasolina no bairro do Boqueirão, em Curitiba. Juan sofreu ataques verbais, injúria racial e xenofobia, foi chamado de “macaco”, “nordestino morto de fome”, além de ameaças físicas de um suposto empresário.
Para o presidente do Sinpospetro, Lairson Sena, “é preciso um basta nas agressões nos locais de trabalho. A categoria frentista merece respeito. A entidade já tomou todas as medidas jurídicas para proteger a integridade física e psicológica desses trabalhadores. O departamento jurídico do sindicato acompanha, com prioridade, os casos de Guadalupe e Juan Pablo”, declarou o dirigente sindical.
AUDIÊNCIA
“Apresentamos uma proposta para fazer um projeto de lei e melhorar as condições de segurança dos postos. A audiência foi de suma importância e atingimos o objetivo. Esperamos que com essas ações a gente possa inibir práticas como essa, não só na nossa categoria de trabalhadores de postos, para todos os trabalhadores que sofrem violências diversas, além de violência psicológica, violência física e também assédio e discriminação em geral”, disse Eusébio Pinto Neto, presidente da Federação Nacional dos Frentistas e do SINPOSPETRO-RJ.
A presidente da Sinpospetro Guarulhos e Região, Telma Cardia, defendeu que o debate chegue a todo o Brasil.
“Penso que devemos ampliar para os estados a audiência pública e levar ao conhecimentos dos ilustres vereadores e deputados a situação que nos trabalhadores estamos sofrendo: assédio moral e agressão contra as trabalhadoras frentista. No caso desta audiência da Guadalupe, quantas mais sofrem agressões e não denunciam. Espero contar com os vereadores de Curitiba a fim de fazer um projeto que garanta a segurança e integridade dos frentistas que trabalham expostos a assaltos, agressões, assédio, xenofobia e desrespeito à dignidade humana”, disse Telma
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