A desigualdade social é uma das mais perversas doenças, uma vez que revela a falta de empatia humana. No mundo dos exploradores e explorados, os que recebem menos rendimentos são os que pagam mais impostos. Se as principais economias do mundo não adotarem medidas para reduzir as desigualdades sociais, a sociedade entrará em colapso. Nos últimos meses, temos presenciado os confrontos entre as nações. A violência aumentou, sobretudo nos países mais pobres, onde a fome e a miséria são o cartão postal.
A insurgência dos excluídos esvaziou os debates do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, na semana passada. O fórum criado para que os dirigentes governamentais e do setor privado, se reúnam para tomar decisões importantes na agenda mundial, perdeu o protagonismo por falta de ações.
Há um grande descrédito das organizações multilaterais, que não estão à altura de resolver os conflitos mundiais mais importantes, sobretudo a fome. A ausência no fórum foi a melhor resposta que os grandes líderes mundiais deram ao capitalismo predador.
Relatório da Oxfam, apresentado no fórum, mostra que os super-ricos concentram cada vez mais riqueza e poder. Ao mesmo tempo em que a fortuna desses ricos aumentou 114% nos últimos três anos, 60% da população mundial ficou mais pobre. A maioria dos mais pobres é composta por mulheres. A desigualdade é também percebida entre as nações.
Os dados apresentados são tão constrangedores que um grupo de 250 bilionários divulgou uma carta solicitando que a elite política global aumente os impostos sobre suas fortunas, a fim de combater as desigualdades em todo o mundo.
O estomago do capital é insaciável, uma vez que, quanto mais se alimenta, mais fome sente. Vivemos em uma sociedade dividida em classes e o trabalhador deve ter consciência de que estará sempre do lado dos explorados. Não temos o poder nem os recursos necessários. Não somos donos dos meios de produção. A nossa arma é a luta e nossa força é a união. Para melhorar as condições de vida da classe trabalhadora, do Brasil e do mundo, precisamos tomar medidas para combater a extrema direita, que defende os interesses dos grandes grupos econômicos.
A história é construída a partir das dinâmicas das ações. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se ausentou do Fórum de Davos. Temos que aprender com Lula, que é um grande estadista, líder mundial e oriundo do movimento sindical. Precisamos lutar para reduzir as desigualdades sociais. Nós produzimos as riquezas e recebemos como pagamento migalhas. É imperativo que trabalhemos em prol da humanidade, da democracia e da liberdade.
Eusébio Pinto Neto,
Presidente da Federação Nacional dos Frentista
Presidente da Federação Nacional dos Frentista