Após as celebrações do Dia Internacional do Trabalho, os sindicatos, que atuam como agentes de transformação social, precisam refletir sobre o que desejam para o futuro. A baixa adesão dos trabalhadores nas manifestações pelo Brasil no dia 1º de Maio demonstra que precisamos rever as nossas ações junto às bases. Nos últimos anos, a classe operária foi bombardeada com Fake News que visam desacreditar o movimento sindical. Infelizmente, o trabalhador, que não tem conhecimento da história de luta por direitos, comprou essa ideia.
O movimento sindical brasileiro é um dos mais atuantes e destacados do mundo. A liberdade sindical está assegurada na Constituição Federal. Dessa forma, os ataques aos sindicatos são uma estratégia do capital para explorar a mão de obra sem limites. O neoliberalismo, por meio da desinformação, induz o trabalhador a crer que, sozinho, é mais forte.
O sindicato é a única instituição que tem a capacidade de acompanhar, com sua equipe, os trâmites dos projetos de lei, fazer propostas e constituir processos junto aos três poderes. Nas comissões e plenárias, alertamos e corrigimos as propostas, combatendo aquelas que prejudicam os interesses dos trabalhadores e da sociedade.
O sindicato é o único canal do trabalhador para negociar melhorias salariais e lutar por direitos. O movimento sindical, por meio de suas ações de base, fiscalização e denúncias, tem contribuído para a diminuição da taxa de sonegação fiscal e do trabalho análogo ao escravo.
Apesar de resistirmos aos anos sombrios dos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, precisamos nos mobilizar, ir para às ruas e conversar com os trabalhadores para fazer frente ao assédio do capital.
Apenas o movimento sindical pode enfrentar o capitalismo selvagem e os usurpadores do Estado. Os mesmos sanguessugas que sempre delapidaram e entregaram as nossas riquezas aos especuladores e agiotas do capital financeiro nacional e internacional, que fazem saques diários ao nosso patrimônio, e que não têm e nunca terão uma pátria. A nação desses saqueadores é e sempre será o dinheiro roubado à custa do suor e do sangue da classe operária. O dinheiro que roubam e, descaradamente, desviam para paraísos fiscais, onde possuem casas para desfrutar de suas orgias, às custas da fome, da exploração e da miséria do povo brasileiro.
Os dirigentes sindicais devem rever as suas ações. O nosso maior desafio hoje é recuperar a credibilidade junto aos trabalhadores. Perdemos o nosso papel de protagonistas e precisamos resgatá-lo para haver justiça e igualdade social no país. Dessa forma, alcançaremos a liberdade.
Eusébio Pinto Neto,
Presidente da Federação Nacional dos Frentistas