O crescimento maior do que o esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano colocou o Brasil em destaque entre as economias globais. O PIB, a soma de tudo o que é produzido no país, cresceu 1,4%, superando todas as previsões, até as mais otimistas. O principal fator para esse resultado é a força de trabalho.
O mercado de trabalho em expansão, com alta da ocupação, redução do desemprego e aumento da renda salarial, sobretudo por parte da maioria das categorias que obteve reajustes acima da inflação, contribuiu para o aumento do consumo das famílias. O consumo é considerado o motor do PIB. O principal meio das famílias para adquirir bens de serviços e consumo é o emprego. A redução da taxa de juros, a oferta de créditos e o controle da inflação também ajudaram no resultado.
A mão de obra impulsiona a economia e isso é demonstrado pelo bom desempenho no PIB dos setores que mais empregam. A atividade econômica se estendeu pela indústria e serviços e a agricultura perdeu o seu lugar de destaque, como costumava ocorrer no passado.
O crescimento do setor da indústria no PIB de 1,8% surpreendeu. O setor emprega o maior número de trabalhadores com carteira assinada e paga salários acima da média. O setor de serviços, o maior empregador do país, apresentou crescimento de 1%.
Vários fatores contribuíram para o bom desempenho da economia. O aumento significativo da taxa de investimento no PIB indica que este crescimento é de longo prazo. As empresas estão investindo em bens para aumentar a produção.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) emitiu uma nota em que reconhece a força do modelo econômico do governo e celebra o crescimento do PIB. A Fiesp, que hoje aplaude a política econômica de Lula, fez com que a classe trabalhadora pagasse o pato ao patrocinar manifestações que culminaram no impeachment de Dilma Rousseff. O Golpe de 2016 agravou a desigualdade social e retirou direitos trabalhistas e previdenciários da população brasileira.
Não há surpresa nesse resultado, tenho repetido diversas vezes nos meus artigos a importância da força de trabalho para o crescimento econômico.
Não se pode ignorar o óbvio, Lula é um grande estatista, mas fica difícil para os exploradores e especuladores aceitarem isso. Parabéns, presidente Lula! A classe operária agradece.
Eusébio Pinto Neto,
Presidente da Federação Nacional dos Frentistas e do Sinpospetro-RJ