Nesta terça, 26 de agosto, comemora-se o Dia Internacional da Igualdade Feminina. Data homenageia o direito adquirido pelas mulheres ao voto, um marco histórico na luta pela participação política das mulheres e pela igualdade de gênero.
A data levanta reflexão sobre as lutas das mulheres por igualdade, que não se restringe somente às urnas, mas se estende ao trabalho, à remuneração justa, à proteção contra violência moral e sexual e à participação ativa em todos os espaços da sociedade.
Na categoria a luta das mulheres é diária por direitos e respeito. Os Sindicatos buscam, incessantemente, garantir condições dignas de trabalho às frentistas do País. O Brasil contabiliza aproximadamente 500 mil trabalhadores frentistas. Estima-se que cerca de 30% da categoria é feminina. Porém, nunca foi registrado oficialmente o número de mulheres frentistas. A ausência de dados favorece a carência de políticas públicas e visibilidade para estas trabalhadoras.
À frente da luta pelo direito da mulher frentista na Federação está Telma Maria Cardia, Secretária da Mulher. Para a dirigente, também presidente do Sindicato da categoria em Guarulhos (SP), a presença feminina é fundamental para a diversificação e força das pautas sindicais, tornando-as mais justas e completas, e impulsionando a luta pela igualdade no trabalho e na sociedade.
Telma reivindica direitos primordiais como um ambiente de trabalho justo, igualitário e livre de preconceitos. “Infelizmente as mulheres da categoria sofrem com o preconceito. São pré-julgadas como incapazes para executar uma tarefa massivamente exercida por profissionais do sexo masculino’’, afirma.
Reivindicações de vestiários exclusivos para as frentistas femininas e uniformes adequados, além do combate ao desvio de função, ao assédio e à importunação sexual, são algumas das pautas levantadas pela categoria. Telma, ativa nas lutas femininas, ressalta: “A vestimenta da mulher frentista é um dos principais problemas da categoria. Trabalhar com uma roupa de tecido poliéster, altamente inflamável, num posto de gasolina acentua os riscos à saúde. Ainda enfrentam os problemas ginecológicos, que aparecem com o uso desse tipo de roupa diariamente, ao menos oito horas por dia numa escala 6×1’’, denunciou a Secretária.
Denúncias – Telma ressalta a luta dos Sindicatos por melhores condições de trabalho e saúde às mulheres. Ela destaca a importância das denúncias para a criação de medidas mais efetivas. As mulheres da categoria devem procurar seu Sindicato ou comunicá-lo durante as visitas dos dirigentes às bases. “A luta feminina é bandeira de todos os Sindicatos da categoria no País. Assim como as entidades, a Federação está de prontidão para receber denúncias desta natureza”
Para acionamento das autoridades governamentais, indicamos que as trabalhadoras procurem o Ministério Público do Trabalho de sua Região, órgão da mais alta competência e apoio a mulheres em situação de vulnerabilidade.
Medidas – As denúncias são separadas de acordo com o caso.
• Casos de assédio sexual, nos quais predomina a figura hierárquica superior para obter a vantagem sexual – promovemos a ação trabalhista, sem prejuízo de denúncia junto à Delegacia do local dos fatos, Ministério Público Estadual e ao Ministério Público do Trabalho.
• Casos de ofensas no ambiente de trabalho, que geram subestimação, preconceito ou menosprezo – convocamos a empresa no Sindicato, para esclarecimentos e correção de postura no ambiente de trabalho. Caso persista o problema, acionamos o Ministério do Trabalho para encaminhamento de fiscalização e denunciamos perante o Ministério Público do Trabalho, sem prejuízo da propositura de ação trabalhista que pode ser intentada de acordo com os fatos narrados.
Telma reforça: “A Federação, em nome dos Sindicatos filiados em todo País, reafirma o compromisso com a defesa da igualdade, contra qualquer forma de discriminação. Igualdade não é apenas um direito; é dever coletivo para construir um Brasil mais justo e democrático”. E destaca a força da união feminina: “As mulheres da categoria precisam estar unidas. Desigualdade entre nós alimenta as hostilidades que passamos no ambiente de trabalho. Temos que ter um único objetivo: independência, respeito e dignidade!”.
MAIS – Sites dos Sindicatos filiados.