Como parte das ações dos sindicatos de frentistas de todo o País para proteger a categoria da covid-19, a Federação dos Frentistas de São Paulo (Fepospetro) solicitou autorização judicial para adquirir 100 mil doses de vacinas. A meta é imunizar os trabalhadores filiados aos 17 sindicatos de frentistas do Estado de São Paulo e seus familiares.
O pedido tem antecedentes favoráveis. No início de abril, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3/ SP e MS) autorizou o Sindicato dos Empregados de Comércio de Campinas, Paulínia e Valinhos a importar doses de vacina para imunizar os trabalhadores do setor.
Na ação da Fepospetro, protocolada na 25ª Vara Federal de São Paulo em 13/4, a entidade argumenta que os trabalhadores em postos de combustíveis estão entre os mais atingidos pela doença. Dentre os trabalhadores formais que não puderam ficar em casa em nenhum momento da pandemia, as mortes entre frentistas são as que mais aumentaram do ano passado para cá, 68%, com base em informações do Ministério da Economia. Os números foram confirmados pela Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro) junto a fontes na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
O presidente da Fepospetro e do Sindicato dos Frentistas de Osasco, Luís Arraes, reforçou que a busca por vacinas é hoje uma agenda de luta comum de toda a categoria. Além da via da ação judicial, os sindicatos de frentistas de todo o Brasil exigem das autoridades sanitárias a inclusão dos frentistas no grupo prioritário da fase IV do plano nacional de imunização, ao lado de policiais, bombeiros e professores.
Linha de frente – “Estamos na linha de frente. Abastecemos motos, ônibus, caminhões e ambulâncias e, ainda, fomos deixados de fora. Para ajudar a impedir essa triste escalada de mortes, é urgente que a categoria seja vacinada”, diz Arraes.
O aumento do índice de óbitos entre trabalhadores essenciais reforça a necessidade de inclusão dos frentistas, comerciários e motoristas só reforça a necessidade de inclusão destas categorias no Plano Nacional de Imunização. Estamos na linha de frente e merecemos ser tratados como tal”, acrescenta o presidente da Fenepospetro, Eusébio Pinto Neto.
(Imagem: reprodução da Internet)