Eusébio Pinto Neto,
Presidente da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro) –
O silêncio governamental diante dos apelos que fizemos e do aumento vertiginoso das mortes entre frentistas levaram a categoria a buscar outras estratégias para ter prioridade na fase IV da vacinação contra a covid-19. Começamos a sensibilizar parlamentares de que, devido à maior exposição ao risco dos frentistas e outros trabalhadores essenciais, era preciso mudar a estratégia de aplicação de vacinas.
Tivemos avanços promissores. Projetos de lei e indicações legislativas foram aprovados ou estavam em avançado estágio de tramitação em várias assembleias legislativas e câmaras municipais. Porém, a recente decisão liminar do ministro do STF Ricardo Lewandowski jogou água fria nessa fervura.
O ministro suspendeu outra decisão judicial, do TJRJ, que havia autorizado a alteração da ordem dos grupos prioritários de vacinação. Sem que esse posicionamento mude, fica comprometida qualquer iniciativa para vacinar antes quem mais precisa, porque as decisões do STF têm efeito vinculante.
Não queremos privilégio. Embora mobilizados para ter acesso prioritário aos imunizantes, devido à nossa maior exposição ao vírus, nós frentistas acreditamos que a vacina é um direito de todos. Vamos continuar na luta para cobrar dos governos a vacinação, o quanto antes, de todo o povo brasileiro. Imunidade de rebanho é projeto de extermínio. #VacinaJá