As 10 Centrais Sindicais brasileiras debatem com suas bases e articulam nas direções a fim de realizar uma forte e representativa Conferência Nacional da Classe Trabalhadora – Conclat, dia 7 de abril.
Na quarta (9), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) fez reunião mista (presencial em SP e parte online), que definiu pontos para o documento unitário do movimento sindical e também debateu a conjuntura nacional, especialmente as perspectivas eleitorais.
Além do presidente Ricardo Patah e outros integrantes da direção da Central, participaram dirigentes dos Estados e assessores técnicos. Uma das falas ficou a cargo do professor Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor-técnico do Dieese. Ele relatou as atividades pró-Conclat no âmbito das Centrais e também antecipou iniciativas que serão tomadas junto ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal – STF.
Propostas – Nas falas, ainda que boa parte delas de forma online, dirigentes fizeram propostas para a Pauta da Classe Trabalhadora, que será finalizada e divulgada dia 7, durante a terceira Conclat, em São Paulo.
Ex-ministro do Trabalho e atual presidente do Sindicato dos Professores de Educação Física do Estado de SP, Rogério Magri elogiou a forma democrática dos encaminhamentos. Sônia Santana, presidente do Sindicine (abrange vários Estados), que participou pela primeira vez de evento na UGT, viu contemplada sua proposta de recriação do Ministério da Cultura.
Elenco – Presidente da UGT estadual SP, o comerciário Amaury Mortágua apresentou as propostas aprovadas em Congresso extra da seccional paulista, que teve 418 dirigentes. Ele conta: “Nós preferimos fixar nos eixos Emprego, Direitos, Democracia e Vida, que, em nosso modo de ver, sintetizam as preocupações atuais da classe trabalhadora e devem nortear o documento final da Conclat”.
A Pauta da Classe Trabalhadora deve ser entregue a candidatos à Presidência da República, aos governos dos Estados, bem como a postulantes à reeleição ou a nova vaga na Câmara de Deputados e Senado.
Patah – A questão eleitoral surgiu com força nos debates ugetistas na quarta. Ricardo Patah, presidente da UGT, afirma: “A classe trabalhadora precisa ampliar a bancada trabalhista nas instâncias do Legislativo”.
Quanto à eleição presidencial? Patah diz: “Observo pouco espaço para uma terceira via. Vejo que a classe trabalhadora tende a apoiar Lula contra o desastre econômico e social do governo Bolsonaro”.
Fenepospetro – Nossa Federação é eclética, pois representa Sindicatos filiados a diversas Centrais. O presidente Eusébio Luís Pinto Neto explica: “As direções das entidades têm todo o direito de fazer suas opções políticas ou ideológicas. A Fenepospetro respeita essa autonomia, mas sempre lembrando que a classe trabalhadora tem aliados, tem adversários e também tem inimigos declarados”.
MAIS – Site da UGT, entidades filiadas e demais Centrais.