Cresce a paralisação dos trabalhadores em postos em Goiás. A luta foi iniciada pelo Sinpospetro-GO, ganhou apoio de outros Sindicatos (como o Sinpospetro-Rio Verde) e também da Federação nacional – Fenepospetro.
O movimento começou dia 10. A luta é basicamente salarial, pois o patronato não negocia há três anos.
Carlos Pereira da Silva, assessor do Sinpospetro-GO, relata: “Com apoio de outras bases e da Fenepospetro, nosso Sindicato consegue realizar atos diários em postos. Tem posto onde os trabalhadores param por conta própria”.
Para o presidente da Fenepospetro, Eusébio Luis Pinto Neto, a greve só existe devido à intransigência do patronato, que nos últimos três anos se recusa a negociar com as entidades da categoria.
Eusébio adverte: “A greve em Goiás é fruto da indignação do trabalhador com a ganância dos donos de postos. Nos últimos anos, eles se negaram a honrar aquilo que foi firmado na Convenção Coletiva. A categoria cansou de esperar”.
FEDERAÇÃO – A coordenação das ações nos postos é feita pelos Sindicatos e os trabalhadores que aderem ao movimento. A Federação dará integral apoio até o desfecho positivo da luta.
“Estamos dando apoio aos Sindicatos que lideram a greve. A Federação acompanha de perto, participa das audiências de conciliação e auxilia as entidades no que é necessário”, explica Eusébio.
AGRESSÃO – Quarta (14), companheiros que faziam manifestação em frente ao Posto V&V, setor Vera Cruz (Capital), foram ameaçados por seguranças contratados pelos patrões. Eles tentaram intimidar funcionários e impedir a ação sindical.
O presidente Eusébio Luis Pinto Neto critica: “A tentativa de intimidar mostra quanto o patronato está mal-intencionado. Colocar gente pra vigiar e ameaçar os trabalhadores, além de pôr em risco a segurança de todos, pode levar à radicalização”.
DISSÍDIO – Como os empresários não negociam e ameaçam demitir quem aderir à greve, na quarta (14), os Sindicatos entraram com pedido de dissídio no Tribunal Regional do Trabalho.
“Até o momento, o patronal não apresentou proposta. Dia 27, estaremos em outra mediação no TRT-18. Espero que a situação evolua. Os trabalhadores não aguentam mais. Se não houver acordo, cresce a chance de greve geral”, comenta Eusébio.
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