No dia 1º de maio, Dia do Trabalho, temos o compromisso de defender os nossos direitos, a igualdade social e a democracia do país. Na maioria dos estados, haverá eventos para relembrar as lutas e conquistas do movimento sindical, mas também para consciencializar os trabalhadores sobre as investidas agressivas do capital contra a classe operária nos últimos anos.
A nossa força de trabalho é a única maneira de combater as disparidades, uma vez que o trabalho é um elemento essencial na construção da sociedade. Nós lutamos contra grupos poderosos que fragmentam, degradam e robotizam a mão de obra. A exploração é cada vez maior, o que torna o mundo menos justo e menos humano. A riqueza do planeta está concentrada em uma minoria, que substituiu o investimento no trabalho humano por rendimentos no mercado financeiro. Em busca de lucros incessantes, ampliam a flexibilidade na contratação, aumentam a jornada de trabalho e reduzem a remuneração.
Os dirigentes sindicais têm um compromisso com toda a classe trabalhadora e o país. Retomamos o protagonismo político com a volta de Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto. No entanto, não podemos esmorecer ou ficar acomodados. A democracia deve ser uma prioridade para o movimento sindical. A extrema direita nunca esteve tão atuante. Eles não aceitam a derrota de 2022 e miram os seus canhões nos trabalhadores. Tudo chancelado e com a conivência da grande mídia. Precisamos estar atentos. Em regimes autoritários ou ditatoriais, os primeiros prejudicados pelos retrocessos são os trabalhadores e as organizações que representam e defendem os direitos trabalhistas e previdenciários.
Em pouco tempo, o governo Lula conseguiu implementar políticas públicas que valorizam a mão de obra e melhoram as condições de vida do brasileiro. As negociações salariais de diversas categorias apresentaram ganhos significativos, após a implantação da política de valorização do salário mínimo. O mercado de trabalho continua aquecido e a taxa de desemprego é a menor desde 2014. Para corrigir as distorções, o governo aprovou a lei de igualdade salarial entre homens e mulheres. A taxa de juros para empréstimos aos aposentados caiu e o bom desempenho da política econômica levou o Banco Central a reduzir a taxa da Selic. São importantes conquistas para a classe trabalhadora.
Para avançarmos nas pautas de interesse da classe trabalhadora no Congresso Nacional, precisamos fortalecer o governo. Apesar da clareza da decisão do Supremo Tribunal Federal, a questão do custeio dos sindicatos ainda não está resolvida. Parlamentares neoliberais que defendem a volta da chibata já apresentaram projetos para derrubar a decisão do STF.
Não somos indivíduos independentes, portanto, devemos construir a unidade para defender a nossa nação. O líder sindical deve ter consciência de sua responsabilidade enquanto agente de transformação. Sem dúvida, não desfrutaremos de todas as conquistas, mas deixaremos um legado de que estamos salvando as gerações futuras. O homem depende do trabalho para garantir a sua subsistência. Sem o trabalho, a espécie humana está ameaçada.
Vamos todos ao ato do dia 1º de maio.
VIVA OS TRABALHADORES!
Eusébio Pinto Neto,
Presidente da Federação Nacional dos Frentistas