Companheiros, o governo coloca hoje o seu rolo compressor pra funcionar, em mais um round da reforma trabalhista.
Desta vez, na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, onde será votado o relatório do senador tucano, Ricardo Ferraço, que pedirá a aprovação integral do relatório.
Entre tantas barbaridades produzidas pela Câmara dos Deputados, que alteram mais de 100 artigos da CLT, temos a que prevê a liberação do trabalho para mulheres gestantes em ambientes insalubres, a redução do horário de almoço para 30 minutos, o famigerado trabalho intermitente, em que o trabalhador é contratado por hora trabalhada e sem nenhuma garantia e o descarado artigo do acordado sobre o legislado, em que o patrão negocia direto com o empregado, sem a participação dos sindicatos, que terão seus pés e mãos decepados por este artigo imoral e criminoso.
Mesmo em que pese o esforço de alguns senadores para evitar esta chacina contra os direitos dos trabalhadores, o que temos no Congresso Nacional é uma agressão jamais vista na história do Brasil contra os direitos trabalhistas.
Uma agressão orquestrada por grupos empresariais, que usando a fachada da modernização nas relações de trabalho, querem na verdade colocar os trabalhadores de joelhos e submetê-los a mais vil exploração.
A tática dos covardes é acintosa. Mas nós trabalhadores estamos atentos e não aceitaremos calados a esta manobra vergonhosa. Estamos dispostos a tudo para defendermos o que foi conquistado, historicamente, nas lutas da classe operária.
Por isso, companheiros, temos que continuar unidos e decididos a seguir guerreando contra o inimigo, porque por mais dura que seja a luta, a vitória demora, mas vem.
Eusébio Pinto Neto – Presidente da FENEPOSPETRO e do SINPOSPETRO-RJ