Companheiros, enquanto os senadores se preparam para votar, amanhã, o relatório da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça, técnicos do governo já planejam editar uma medida provisória para regulamentar justamente a famigerada e absurda jornada intermitente, que de tão ruim, provoca discussões até mesmo entre os próprios aliados da base governista.
Uma insanidade que vai precarizar a mão-de-obra e provocará uma enxurrada de arbitrariedades, senão vejamos: Até agora, os “iluminados do governo” não sabem como esses trabalhadores escravizados sofrerão o desconto do FGTS e muito menos o recolhimento para o INSS.
A ideia até agora dos burocratas engravatados de Brasília, que não conhecem a realidade do trabalhador brasileiro e, muito menos, usaram um uniforme de trabalho ou pisaram no chão de uma fábrica, é que os trabalhadores recebam a cada pagamento, o proporcional de férias, 13º e demais adicionais que vieram a incidir sobre os ganhos.
Ou seja, uma proposta criminosa contra os trabalhadores e sem pé nem cabeça, que irá levar à loucura o RH das empresas diante de tantos penduricalhos na folha de pagamento. Isso mostra, claramente, o despreparo, a pressa desesperada do governo em produzir esse monstro de reforma Frankstein, condenada não apenas pela esmagadora maioria dos trabalhadores, mas, sobretudo, por todas as centrais sindicais, técnicos de várias instituições de estudo das relações de trabalho, com atestada credibilidade e, principalmente, condenada pelos magistrados da Justiça do Trabalho de todo o país, que são unânimes em desqualificar essa reforma perversa e desgraçada, que arruinará as nossas vidas, e o que é pior, condenará nossos filhos e netos ao mais perverso sistema de escravidão.
Por isso, companheiros, temos que protestar e reagir. Nesta sexta-feira, 30, temos um compromisso moral de irmos às ruas lutar contra as reformas indecentes deste governo miserável e criminoso, que quer roubar os nossos direitos e acabar com a vida dos trabalhadores.
Pense nisso e tenha um bom dia!
Eusébio Pinto Neto – Presidente da FENEPOSPETRO e do SINPOSPETRO-RJ