Companheiros, eu e vários dirigentes dos frentistas e mais uma comitiva de sindicalistas estamos hoje em Brasília para pressionar os senadores a votarem a favor dos trabalhadores e contra o relatório da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal.
O clima aqui é de verdadeira batalha e promete esquentar mais depois que o presidente Temer, que está num beco sem saída, exigiu da sua base aliada uma vitória esmagadora, para tentar mostrar força e ganhar tempo diante da enxurrada de denúncias que vem enfrentando.
O líder do PMDB no senado, Renan Calheiros não gostou do tom de intimidação e num bate-boca com o relator da reforma Senador Romero Jucá, pediu o adiamento da votação e ameaçou mudar os membros do PMDB na comissão.
A reação de Romero Jucá foi imediata: ele pediu ao presidente Temer a cabeça do líder, que deverá ser destituído do cargo.
Como se vê é nesse clima de vale-tudo, com golpes abaixo da linha da cintura, que nós trabalhadores estamos fazendo um trabalho de corpo a corpo junto aos senadores, para que eles revejam suas posições e votem contra esta reforma miserável que será desastrosa não apenas para o país, mas sobretudo, para a classe trabalhadora e as futuras gerações.
É evidente que o governo Temer não tem mais condições de tocar nem esta, nem nenhuma outra reforma. O governo está desmoralizado.
Mas, mesmo em desvantagem nós estamos prontos pra guerra, porque a classe operária brasileira nunca foi de se acovardar e muito menos de botar o galho dentro na hora em que a porca torce o rabo.
Por isso, companheiros, vamos resistir e lutar até que nossos direitos históricos sejam mantidos e esta maldita reforma trabalhista enterrada de uma vez por todas.
Eusébio Pinto Neto – Presidente da FENEPOSPETRO e do SINPOSPETRO-RJ