Companheiros, hoje será um dia decisivo para todos os trabalhadores brasileiros, que ansiosos, aguardam o desfecho da votação da reforma trabalhista no plenário do Senado Federal, cuja sessão está marcada para começar às 11 horas.
O governo moribundo, mesmo com a marcha fúnebre já sendo tocada, joga pesado nesta votação para tentar ganhar uma sobrevida. Tanto que abasteceu o tanque do seu rolo compressor com muito “propinol” para garantir a vitória.
Do lado da oposição, os senadores prometem uma guerra sem tréguas para evitar que este projeto criminoso e ilegal seja aprovado e acabe com direitos históricos da classe operária.
O que salta aos olhos nesta iniciativa imoral, é que mesmo ela tendo sido condenada por setores como judiciário trabalhista, instituições de pesquisa das questões do trabalho, pelas centrais sindicais e pela esmagadora maioria dos trabalhadores, deputados e senadores por imposição do setor empresarial, empurraram goela abaixo da classe trabalhadora esta reforma maldita que irá guilhotinar direitos e aniquilar com a vida de milhões de trabalhadores.
E tudo, com a desculpa esfarrapada de que estão modernizando as relações trabalhistas. “O mundo se modernizou e o Brasil não pode ficar pra trás”, afirmam os canalhas.
Tudo cascata! Cinicamente, os defensores desta indecência omitem, deliberadamente, que os países que adotaram reforma parecida com esta aumentaram, assustadoramente, os seus índices de desempregados, como a Rússia, México e Espanha, para ficarmos apenas em três experiências desastrosas.
Omitem, ainda, que os trabalhadores lá de fora mantêm inúmeros direitos e garantias, enquanto o Brasil é o país com a maior concentração de renda do mundo, detentor de um dos piores salários mínimos do planeta e, vergonhosamente, ostenta índices de desenvolvimento humano sofríveis, sem esquecer que o trabalho análogo à escravidão ainda campeia em várias regiões do país. Por tudo isso, companheiros, esta famigerada reforma trabalhista precisa ser derrotada, para que este projeto de Brasil colonial imposto pelas elites seja enterrado de uma vez por todas.
Então vamos à luta, porque só quem luta, conquista.
Eusébio Pinto Neto – Presidente da FENEPOSPETRO e do SINPOSPETRO-RJ