Companheiros, O Senado Federal decretou, ontem, a morte da CLT com a aprovação da famigerada reforma trabalhista. 50 senadores traíras disseram sim ao projeto que arruinará a vida de milhões de trabalhadores, e o que é mais grave, fará com que as relações trabalhistas regridam no tempo e voltemos à época do Brasil colonial, onde os patrões, confortavelmente instalados na Casa Grande, podiam tudo e desfrutavam do bom e do melhor, enquanto os trabalhadores amontoados nas senzalas eram submetidos a um trabalho escravizante a troco de pão e água.
É esta a “modernidade” que a classe empresarial brasileira sonhava resgatar para os seus negócios e conseguiu com a ajuda de parlamentares vendidos, que traíram, vergonhosa e criminosamente, a classe trabalhadora.
É importante que o nome de cada um desses traidores seja exaustivamente divulgado para que na hora das eleições, estes entreguistas sejam jogados na lata do lixo da história, pois não passam de representantes descarados e capachos do setor empresarial.
Com esta votação no senado na qual os trabalhadores perderam por 50 a 26, ficou claro para aqueles que achavam que a luta dos trabalhadores seria fácil, que a rapadura é doce, mas não é mole não, meus companheiros.
É importante também destacar a fibra dos senadores da oposição que guerrearam contra esse projeto vergonhoso, que agora irá para a sanção do moribundo e ainda presidente Temer.
Mas para àqueles que acham que estamos derrotados, eu afirmo que a guerra está apenas começando, porque daqui pra frente teremos que ter a plena consciência de que a nossa luta é a disputa entre o capital e o trabalho, e não nos restando outra alternativa senão a de lutar, ou então morreremos de fome e de joelhos.
Tenham a certeza de que mais importante que o capital e as máquinas, somos nós trabalhadores que as fazemos funcionar.
Portanto, companheiros vamos sacudir à poeira e ir à luta, porque a guerra está apenas começando e a vitória final será nossa.
Eusébio Pinto Neto – Presidente da FENEPOSPETRO e do SINPOSPETRO-RJ