No final da década de 90, mais de 300 mil trabalhadores de postos de combustíveis de todo país se mobilizaram para garantir seus empregos.
O movimento organizado e liderado pela Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO) teve como objetivo acabar com a ameaça da implantação de bombas de autosserviço nos postos.
A novidade foi introduzida pela multinacional Esso, que chegou a instalar 330 bombas de autoatendimento no país. A distribuidora alegava que o método possibilitaria uma redução no preço final ao consumidor.
O engodo, no entanto, não agradou nem mesmo os donos dos estabelecimentos que temiam risco de acidente e vandalismo.
Em caravana, mais de cinco mil frentistas foram a Brasília pedir a aprovação de um Projeto de Lei que impedisse a instalação das bombas de autosserviço nos postos de combustíveis.
Mas antes mesmo da aprovação da Lei Federal, a FENEPOSPETRO adotou medidas para resguardar o emprego dos trabalhadores.
A Federação conseguiu fazer com que Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais aprovassem Leis que impedissem a instalação de novas bombas de autoatendimento nos postos.
Na época, as pesquisas sobre o risco do Benzeno para à saúde ainda não eram de conhecimento público.
Mesmo assim, a população não aprovou a ideia das bombas de autoatendimento e ficou ao lado dos trabalhadores.
No Congresso Nacional, o deputado Aldo Rebelo conseguiu aprovar o projeto que proibia a instalação de bombas de combustível operadas pelo próprio consumidor.
Em janeiro de 2000, o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei 9.956 que enterrou de uma vez por todas o projeto absurdo da Esso.
Além de proibir o funcionamento de bombas de autosserviço nos postos de abastecimento de combustíveis, a Lei determinou aplicação de multa aos estabelecimentos que descumprissem a norma.
Essa é uma grande vitória da categoria que não pode ser esquecida.
Os fundadores da FENEPOSPETRO, entre eles, o presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto, lutaram para garantir o emprego dos trabalhadores dos postos.
A Lei Federal é soberana e não há nada que fará mudar o que já está decretado: É PROIBIDO BOMBAS DE AUTOSSERVIÇO EM POSTOS DE COMBUSTÍVEIS DO BRASIL.