No começo do mês, uma delegação sindical chinesa esteve em missão no Brasil. A viagem começou pelo Rio de Janeiro. E nosso presidente, Eusébio Luis Pinto Neto, foi designado pela direção nacional da Força Sindical pra recepcionar e acompanhar os visitantes, inclusive a uma grande empresa chinesa de energia no Rio de Janeiro.
Para Eusébio, a tarefa “é ao mesmo tempo uma honra e uma responsabilidade”. Isso porque, além dos sindicalistas, havia representantes do corpo diplomático da China. Eusébio diz: “Era uma delegação de alto nível político, um pessoal muito preparado e politizado”.
Os chineses, observa nosso presidente, “têm uma verdadeira fixação pelo conhecimento e por tecnologia”. E essa curiosidade se estende também à cultura brasileira, bem como ao potencial econômico do nosso País.
A relação sindical Brasil-China vem se consolidando nos últimos anos. O País possui uma única Federação de Trabalhadores, com 350 milhões de filiados. Seu presidente é, no organograma político local, o vice-presidente da República.
Durante a pandemia da Covid-19, a Federação Chinesa doou respiradores ao Brasil, a pedido das nossas Centrais Sindicais. Mas o governo Bolsonaro não liberou os equipamentos na alfândega, num gesto nocivo à saúde dos que agonizavam devido ao ataque letal do Coronavírus.
Segundo o presidente Eusébio, a delegação da sindical da China mostrou muito interesse em estimular investimentos em nosso País. Ele diz: “O Brasil tem tudo pra crescer, e crescer acima dos 3% deste ano. Somos um dos poucos países do mundo nessa condição. Mas precisamos avançar, principalmente na Educação e qualificação profissional”.
A China tem crescido e muito, com fortes investimentos no Exterior. Para Eusébio, essa expansão não tem o caráter imperialista do avanço capitalista. “Os chineses querem crescer, mas sempre dentro de uma visão de parceria. Sem imposições ou dominação”, ele afirma.
Educados e disciplinados. Assim são os representantes sindicais da China, hoje a principal parceira econômica do Brasil. “Vários deles falam Português e se interessam muito pela cultura nacional”, ele conta.
A China vive um momento de elevação do seu padrão salarial. Essa fase decorre de decisão oficial adotada no VIII Congresso do Partido Comunista local. A palavra de ordem é fome zero e inclusão de milhões ao mercado de consumo.
Na segunda, dia 15, a delegação chinesa se reuniu com as Centrais Sindicais em São Paulo. Além da troca de experiências, as partes trataram de eventuais parcerias.
A comitiva chinesa era composta de oito integrantes, entre os quais uma trabalhadora. Conta Eusébio: “É poliglota e entre as várias línguas que fala a está a nossa, a Portuguesa”. Coordenou a comitiva Xu Liuping, 1º secretário e vice-presidente da Federação. Também participou Jia Chen, conselheiro da seção política da embaixada chinesa no Brasil.
MAIS – Site da Força Sindical.